sábado, 29 de janeiro de 2011

Os mitos e a religiosidade

"Para suportar a sua própria história, cada um acrescenta-lhe um pouco de lenda." (Marcel Jouhandeau)

Folclore brasileiro
Os mitos fazem parte da história da humanidade e são representados por meio de manifestações arquetípicas no indivíduo, ou seja, eles são expressões do imaginário. Jung* diz que o mito permanece sempre um mito e ainda menciona que este tende a transformar-se no decorrer do tempo, quando deixa de ser um objeto de fé. Desta forma, o mito precisa ser recontado para que seja reavivado em uma nova interpretação. Logo, ao longo dos séculos, um mesmo mito pode, assim como reinterpretado, ser reformulado, perdendo sua forma original. 


É através da introspecção que somos inseridos no mundo mítico, o qual nos faz entender melhor o cotidiano, pois não é uma idéia, mas dados instintivos, os quais são uma espécie de padrão de comportamento mental que faz parte da natureza humana. O mito faz parte da essência humana. O mito é parte da manifestação da criação e fantasia humana.


A partir daí conseguimos ter algumas percepções quanto a vivencia religiosa. Atualmente, as religiões com maior domínio mundial são as que sustentam seus mitos, reinterpretado-os e recriado-os há séculos. A maioria delas é datada de épocas anteriores a escrita. Assim sendo, a forma de sustentação de seus contos, lendas, fatos e outros tipos de eventos, acontecia através do discurso oral – o que sugere constante mudança, como em uma brincadeira do telefone sem fio ininterrupto há 2000 anos.


Moisés e as dez pragas no Egito
As narrativas bíblicas, adotadas por cristãos e judeus, principalmente, passaram por este processo de forma mais acentuada antes da escrita e de forma mais branda após a escrita (através das variadas traduções). É claro que nelas a tradição oral modificou muitos de seus mitos – o que dá muito trabalho exegético aos teólogos mais estudiosos. Mesmo entrando na reprodução escrita (quando nem havia a imprensa de Gutenberg) os mitos ainda foram danificados. Além de reinterpretados, os mitos bíblicos (especialmente os do Antigo Testamento) sofriam modificações nas mãos dos copistas, os quais garantiam a preservação dos manuscritos. As condições físicas dos pergaminhos e papiros não eram das melhores, estes logo se corroíam, perdendo parte do texto, os quais muitas vezes se tornavam um quebra cabeça para os copistas, e nisto tudo ainda estou desconsiderando possíveis corrupções de copistas induzidos à mudanças nos textos copiados.

Mas estes textos chegaram até nós, os mitos chegaram até nós. Ainda que eles tenham sido reinterpretados e reinventados, como ainda o são, eles são importantes para nós, pois fazem parte da construção da fantasia humana. Como vimos no início, o mito está na essência humana, fazendo parte do processo de criação da psique.


O mito também nasce do conhecimento empírico individual, o qual está ligado a uma idéia preexistente (Kant). Portanto, não desprezemos os mitos religiosos, por mais absurdos que sejam. Aliás, quanto mais absurdos, mais dignos são os mitos, pois são esforços de uma mente criativa e fantasiosa, o que é bom para o homem. Se aliena, evolui também.


*A vida simbólica. Vol. XVIII/II. Petrópolis: Vozes.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Livres para Arriscar

... as vezes faço o que quero, as vezes faço o que tenho que fazer. É um risco que se assume. (CBJ)



Sou um músico-maníaco, ouço música o tempo todo. Através e ao som de músicas eu já viajei por todos os sentimentos possíveis do nosso corpo. Ouvindo música já cheguei a sensações que nunca havia experimentado. Contudo prefiro letras a melodia, mesmo apreciando música clássica, as quais têm em mim, um efeito entorpecente. Portanto, não considere um disparate ler neste blog comentários sobre músicas de Ozzy Osbourne à Mc Serginho. Mas vamos lá; hoje estou viajando através de algumas músicas, e esta aqui (Vícius e Virtudes), repetindo e repetindo no player, faz-me recordar, tentar esquecer e projetar muita coisa, faz-me ver que estou me apaixonando pelos riscos, estou me envolvendo e arriscando mais. E isto tem sido bom.

Um dos adepto ao cristianismo primitivo, chamado Paulo, escreveu em uma de suas cartas instrutoras aos cristãos: todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém. Eu não sei se o cantor e compositor Chorão (Charlie Brown Jr.) ouviu ou leu estas palavras, mas os discursos se parecem muito (aliás, parecem-se com muitos discursos semelhantes, os quais não são revelações exclusivas, mas um conhecimento comum, fruto da razão humana). O fato é que ao fazermos tudo que nos convém, assumimos os riscos naturais de cada coisa. Em uma reportagem muito engraçada o repórter questiona ao ladrão se ele não tinha medo de levar um choque da cerca elétrica, ele responde que "dependendo do que há dentro da casa o choque é só um detalhe". Eis a questão, os choques precedem as recompensas.

Em um passado bem próximo, arriscar nunca foi uma de minhas virtudes.  A dona Sueli (minha mãe) diz que "quem não arrisca não petisca", e também é verdade. Estou aprendendo que  arriscar tem 50% de chances tanto para o fracasso quanto para o sucesso. Um dos grandes presidentes dos EUA, Roosevelt, disse certa vez que "preferia arriscar coisas grandiosas para alcançar triunfo e glória, ainda que se expusesse ao fracasso, a formar formar fila com os pobres de espírito que não gozam nem sofrem muito, pois vivem em uma penumbra cinzenta na qual não conhecem derrotas ou vitórias". Quando não arriscamos, expondo-nos ao fracasso, não experimentamos os prazeres que a vida pode sentir, não chegamos ao orgasmo intelectual, emociona, sexual, espiritual etc; vivemos mediocramente. Não morremos, mas também não vivemos. Ficamos em um estado que ainda não tenho definição, mas já vivi e muitos ainda o vivem.

No início eu disse que pensar (meu vício) nisto tudo está me fazendo viajar nestes dias. Deve ser porque ainda faço os cálculos das possibilidades, arriscar ainda não é natural em mim. Ainda faço as projeções dos erros. Um "amigo feliz" me disse há algum tempo: cara, estou ficando calculista assim como você. Os calculistas costumam errar menos, vencer menos, arriscar nunca. Ou seja, ainda estou lutando para "petiscar mais". Sei que temos tanta coisa pra arriscar, viver, e experimentar. Tudo isto emana de nós todos os dias, decidimos se reprimimos ou liberamos. Se optarmos por não vivermos os protocolos (um problemão), faremos o que quisermos, o que temos que fazer, o que nos é lícito ou não. 

Muitos dirão: cuidado, vá com calma ai Josimar, pense bem. Mas, contudo, porém, pensar não é uma virtude de quem tem o vício de arriscar. "Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir" (Lulu Santos), pois "se a nossa vontade não é livre, as nossa ações são; temos a liberdade de fazer tudo quanto temos o poder de fazer" (Voltaire) basta arriscar. Ainda que eu creia que a liberdade seja subjetiva (pois acredito que estamos sempre presos a alguma coisa, neste caso ao vício de arriscar), creio que ela é um anexo do "arriscar". Quem não é livre nunca poderá arriscar, pois estará sempre preso aos inimigos do "arriscar", os medos - tanto de fracassar quanto o de ascender.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O BBB da Religião

O Programa: Várias pessoas o vigiando o tempo todo na expectativa de que você seja o modelo perfeito para elas e os seus, por vezes esperando que você erre e mostre a elas mesmas aquilo que elas também são. Quando isto acontece, elas o desprezam à medida que repulsam seus próprios fantasmas. Neste programa todos são, ao mesmo tempo, brothers e telespectadores. Enquanto telespectadores as pessoas são, geralmente, alienadas e alienadoras; cresceram como filhos alienados que como pais a seus filhos alienaram, ensinando e aprendendo que o mundo fora da religião é mal e não deve ser vivido ou sequer cobiçado, pois ele pertence ao inimigo de deus. 

Enquanto brothers as pessoas são, geralmente, reprimidas; escondem atrás de sorrisos suas tristezas e dos credos suas incertezas. As vidas destas pessoas nem sempre são as melhores, aliás, muitas estão ali em busca de melhoras. Normalmente o maior fracasso é o sexual, seguido por finanças e poder (controle e auto estima). E que comecem os jogos. 

Há um grande mistério na troca de olhares humana – encare alguém por um minuto, sem desviar o olhar, você será tentado a não pensar muito em seus segredos mais ocultos, os quais parecem vazar pelos olhos. Neste reality show trocam-se olhares em todo tempo, olhares atravessados, compadecidos e desconfiados, olhares em espelhos que não são somente câmeras, mas pessoas escondidas atrás deles, refletindo-se em você. À medida que tais espelhos são encarados é possível ver-se em rostos e corpos diferentes.

Os grandes sucessos deste reality ainda são o banheiro e o edredom, principalmente para os mais jovens. Todos juram nunca estarem “solitariamente em um momento solitário consigo mesmos” quando estão no banheiro, assim como juram não estarem “acompanhadas com alguém”, estranho ou não, debaixo do edredom. Mas bastam ter a sensação de estarem invisíveis para driblarem tais situações. Aos solitários em seus banheiros, repudiam; aos acompanhados sob o edredom, abominam. 

O Bial é, hora real, hora fictício. O Bial é um ser feito à imagem e semelhança de cada brother-telespectador. Ele é bondoso e malvado, generoso e retentor, justiceiro e vingativo, permissivo e volitivo, pessoal e transcendente – tudo depende do estado emocional de cada participante. Segundo as regras comunitárias é ele quem tira e põe, permite, omite e decide. 


O paredão, finalmente, é uma escolha feita ao quebrar qualquer uma das regras. Todos, apesar dos pesares, amam os que estão dentro da casa, contudo, abominam mais aos que dela saem do que aos que nela nunca entraram. Estes que escolhem ao paredão, escolhem-no ao fazerem coisas absurdas, como por exemplo, abrir a porta principal na ansiedade de ver o que há além dela, dormir acompanhado em seu edredom ou em outros edredons, ou ainda questionar o Bial e as regras da casa (os maiores dos absurdos). 


O prêmio final (o objetivo principal do confinamento), dizem, é algo incorruptível, dado aos que permaneceram na casa sob os comandos do Bial. Aliás, o Bial também é um confinado. Mas as grandes questões que permeiam secretamente cada pensamento são: e se o prêmio final (será que ele existe?) for dado a todos, tantos aos de dentro quanto aos de fora da casa? 


Quem me dera ao menos uma vez ter de volta todo o ouro que entreguei a quem conseguiu me convencer que era prova de amizade se alguém levasse embora até o que eu não tinha.Quem me dera ao menos uma vez esquecer que acreditei que era por brincadeira que se cortava sempre um pano-de-chão, de linho nobre e pura seda.Quem me dera ao menos uma vez explicar o que ninguém consegue entender, que o que aconteceu ainda está por vir e o futuro não é mais como era antigamente.Ao menos uma vez entender como um só Deus ao mesmo tempo é três, esse mesmo Deus foi morto por vocês. Sua maldade, então. Deixaram Deus tão triste. Índios (Renato Russo)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sou um animal sentimental...

... me apego facilmente ao que desperta o meu desejo! (Renato Russo, Sereníssima.)


Uma das coisas que me fascinam no ser humano é a capacidade que alguns têm de tomar sobre si as dores dos outros. Isto, em um mundo tão individualista, pode vir a ser algo raro daqui a alguns dias, restringindo-se da mãe ao filho. Para algumas pessoas, ver o outro além do que os olhos podem ver é quase uma obsessão ou uma doença que se dispõe a ser, mas infelizmente não é, contagiosa.

Dos tantos grupos de pessoas que formam o meu eu, este é um deles, o grupo daqueles que sentem e gostam de sentir o outro, por mais diferente que este seja. Sou daqueles que todos os seus sentidos sentem a falta de sentir alguém. Esta é uma das minhas tantas taras. E quando encontro alguém aberto e disposto a esta entrega, ah, eu me apego facilmente. Por isso tenho um probleminhas básico: apaixono-me facilmente. =/

Homens são matemáticos, mulheres filósofas. Homens resolvem problemas, mulheres dissecam problemas e encontram mais problemas dentro dos problemas. Homens fecham-se em quartos e se propõem a resolverem seus problemas ou fugir deles (através de vícios, suicídios, traições etc), mulheres saem "gritando seus problemas pelas ruas" (acho que em busca de resolução) ou então os deixam "jogá-las nas sarjetas" (depressão, stress e outras patologias). É justamente ai que me apaixono: pelas pessoas possuídas por dores e misérias. É claro que isto é fruto da minha síndrome de Madre Tereza de Calcutá.

Porém eu tenho confundido isto com o passar dos anos. Principalmente em relação às mulheres. Tenho me apaixonado por elas além da conta; basta eu estar passando pela "rua" e encontrar uma delas "gritando". Há pouco percebi isto. Apaixono-me por mulheres que precisam de mim, ou pelo menos parecem precisar. Sentir é minha obsessão, e quando sinto-as, apaixono-me. 

Com os homens não é diferente, mas pouco me apaixono por eles - explico. Quando algum "sai do quarto" e decide também "gritar pelas ruas", eu logo saio sedento atrás, como um vampiro faminto. Porém, no caso dos homens eu crio uma amizade algumas vezes doentia. Os que se abriram, até ontem, tornaram-se amigos inseparáveis. Mas com eles não acontece essa necessidade "hétero-biológica" que pulsa em minha pele: abraçar e dar amor às mulheres mais carentes. Sabe aquelas mulheres decididas, pra frente, donas de si, auto suficientes, quase homens? Não me interessam nenhum um pouco. 


É ai que mora uma das poucas dores que carrego. Estas paixões não seriam fardos se eu conseguisse externá-las, ai está um grande problema - o bom é que dele nascem várias músicas e poesias que ainda me deixarão rico (risos) - mas isto é assunto para 11 anos atrás, quando entrei em uma gaiola e me tornei um gaiola, não vem ao caso. Não concordo que devamos fazer dos desastres do nosso passado uma barreira para as conquistas do presente. Enfim, como eu já ralei com isso. Minha última paixão ainda me dá náuseas. Eu me apeguei tanto a alguém que, achava eu, precisava de mim. Apaixonei-me por tudo nela e dela. Pensei que poderia ser a solução para a sua vida. Que poderia lhe dar outro rumo, até que um rumo antigo voltou a guiá-la até o seu destino. O pior é que ela nem ficou sabendo disso pela minha boca, até hoje. Apesar de achar que seu caminho antigo é o ideal para levá-la ao destino, sinto-me triste, debilitado, envergonhado, acabado. E tudo isso prejudica meu corpo, minha alma e minha mente. Não fico assim por eu não ter sido o caminho escolhido por ela, mas por não ter externado o que eu sentia: que poderia ajuda-la a caminhar. Isto parece ser tão simples. Acho que meia dúzia de palavras resolveriam. Ah, mas estas palavras não saem, dificilmente saem.

Começo a cogitar e concluir que: à semelhança de Madre Tereza, estou "gritando pelas ruas" ao tentar acalentar aqueles que "por ela gritam"; as palavras que não saem, não saem porque tem medo do momento que sucederá os "gritos", o silêncio. Talvez no silêncio eu não seja necessário. Tenho um Josimar inteiro para investigar. Mas deixo isto para depois do café da manhã, é melhor eu dormir agora.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Eu quero uma casa no campo...

[...] eu quero o silêncio das línguas cansadas!



Serei sinceros com vocês. Ter que recomeçar após ter saído de um caminho que um dia você sonhou não é fácil. Hoje, 01 de Janeiro de 2011, é o meu primeiro dia, em 11 anos, que eu não tenho que acordar pensando em fazer a minha dissecação de Deus para depois expô-lo para pessoas que, em sua maioria, não fazem a mínima questão de conhecê-lo sozinhas. Não creio que seja a regra, mas, através das experiências com grupos de religiosos, percebi que as igrejas estão virando um santo mercado de fé e bênçãos. Para muitas delas a vida espiritual é nula sem as quatro paredes do templo - tal vida não existe fora delas. Os consumidores de espiritualidade crescem na mesma proporção das famílias que almoçam em fast foods para não terem que preparar seus próprios alimentos, ou ainda daqueles que mandam suas roupas sujas às lavanderias esperando que lhes sejam devolvidas limpas e passadas, prontas para o uso... prontos para o consumo... prontos para a vida. Será que foi o capitalismo quem fez isso? Será que foi com ele que aprendemos a pagar para receber exatamente tudo pronto para o consumo? Talvez.


Só sei que cansei de fornecer um produto que pode ser apanhado à beira das estradas, em cactos ou jasmins, ou seja, em quaisquer situações e momentos basta erguer as mãos e apanhar. No começo desta jornada que se findou eu me sentia um portador da mensagem salvífica, quando decidi me capacitar melhor para ser o portador desta mensagem eu acabei me descobrindo, ao final, um excelente vendedor. E como disse, vendedor de algo que basta estender as mãos para obter. É claro que tem pessoas que se sentem bem sendo os portadoras/vendedoras desta mensagem e o faz com esmero, e é fato ainda que nem todos tem mãos e braços para "alcançarem os frutos ao alcance de qualquer um".

Mas agora eu não tenho que vender mais este produto. Agora eu não preciso mais dissecar, apenas contemplar o corpo vivo. Se eu tiver que expô-lo será sem matá-lo. Se eu tiver que oferecê-lo será sem vendê-lo. Não quero vendê-lo, oferecê-lo talvez.

Não sou um velho cansado, mas um jovem de 24 anos que não quer esperar chegar a velhice para deixar de fazer aquilo que não lhe dá prazer. Não quero e não vou, nunca, acostumar-me com o que não me faz feliz (siga-me). Mas por enquanto necessito profundamente de "uma casa no campo, onde eu possa compor muitos rocks rurais e tenha somente a certeza dos amigos e nada mais; onde eu possa plantar meus amigos, meus discos e livros, e nada mais; eu quero o silêncio das línguas cansadas" (Zé Rodriz e Tavito). "De hoje em diante eu vou modificar o meu modo de vida, eu vou mudar, não quero ficar chorando até o fim; e pra começar, eu só vou gostar de quem gosta de mim" (Rossini Pinto).


Ps: estou preparando alguns textos com alguns motivos mais teóricos sobre algumas de minhas convicções acerca de Deus, fé, religiosidade e dogmas religiosos (cristãos ou não). Espero expô-los aqui qualquer dia desses ou quem sabe divulgar aos interessados (até porque é um texto muito grande, com pouco mais de 5 laudas).

Carpe Diem