terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Crianças Iluminadas

Nestes últimos dias eu tenho conversado com Janete Brandão sobre as formas usadas no trato às Crianças Iluminadas em nosso país, especialmente em Boa Esperança (MG); tanto por nós, enquanto cidadãos, quanto pelas autoridades públicas.

Mas espere, você não sabe quem é Janete Brandão e ainda não ouviu falar das Crianças Iluminadas? Então segue abaix
o mais um desafio deste Blog Jovem e Sonhador.


Sabe o que há em comum entre Bill Gates, Mozart, Steven Spielberg, Van Gogh, Charles Darwin, Bob Dylan, Albert Einstein e a Dra. Temple Grandin (PHD em Ciência Animal e professora da Universidade do Colorado)? Autismo.

Se eu dissesse nomes desconhecidos muitos diriam: "coitadinhos", "que doença triste", "serão dependentes da família a vida toda", "eu não queria ter nascido assim". Conheço alguns que até falariam: por que deus permitiu que isso acontecesse, será que alguém pecou?

É observando este quadro que você pode começar
a entender o porque do trato de "Crianças Iluminadas" a estas crianças que nascem com esta disfunção global do desenvolvimento: autismo.

Crianças Iluminadas é a forma de tratamento que Janete Brandão propõe ante tantos termos pejorativos que foram postos a estas Crianças Iluminadas ao longo da história. Como sabemos, muitos consideraram o menino
Albert Einstein um louco, quando aquele, na verdade, era um gênio. Este é mais um caso de descaso em muitos lugares do mundo. Apesar dos avanços da medicina muitas crianças, mal acompanhadas por seus médicos, chegam a apanhar muito dos pais antes de serem diagnosticadas e entrarem no processo de acompanhamento profissional (quando entram e quando teem um acompanhamento adequado). O autismo se apresenta de várias formas e, em alguns casos, o comportamento gerado pela disfunção é considerado como arredio, agressivo, intransigente etc, e muitas crianças são espancadas e até excluídas do convívio familiar.


Janete Brandão é brasileira natural de Boa Esperança, mas mora nos Estados Unidos há alguns anos, onde está concluindo seu Pós Doutorado em "Attention Deficit/Hyperactivity Disorder" e em breve lançará seu livro, Crianças Iluminadas, trazendo não somente suas pesquisas, mas mostrando sua experiência enquanto mãe de uma Criança Iluminada. Seu livro será de grande ajuda tanto para os parentes de Crianças Iluminadas, quanto para os estudiosos da área, os quais, algumas vezes, chegam a confundir o autismo com outras doenças, como a hiperatividade, por exemplo. Nosso diálogo nasceu pelo link feito por nosso amigo André Siqueira, pois ela é formada em Estudos Sociais e eu estou bacharelando em Ciências Sociais. Em minha "aula grátis" (risos) pude compreender a importância de atentar a este tema. Posso dizer que o o projeto dela é apaixonante e realista, mas precisará de apoio.

Mas como não é minha intenção traçar aqui um estudo sobre o caso, até mesmo porque não é a minha área de conhecimento, venho aqui para, assim como Janete Brandão, chamar a atenção para este assunto. Este desafio não é à caridade, mas ao nosso papel enquanto cidadãos. Além de cobrarmos das autoridades específicas, devemos observar nosso papel social neste caso. Precisamos de uma força que vá além da comoção diante destas realidades que julgamos inferiores à nossa condição de "saúde normal e perfeita". Precisamos colocar em nossa agenda ações, não intenções.

Atentemo-nos, por exemplo, aos projetos que nos cercam e às situações do dia a dia (como àquela vizinha que provavelmente tem um filho cuja rebeldia é "fora do comum" e ainda não o levou a um profissional). Podemos ajudar com engajamento profissional, doação financeira, desenvolvimentos de projetos regionais ou filiais de projetos solidificados, ou quem sabe passar em uma escolinha, cujo foco seja em Crianças Iluminadas, por dez minutos e dar um pouco de sua atenção, ajudando neste processo de socialização da Criança Iluminada. Há mil maneiras de ajudar. Parafraseando a popular crítica à oração dos mais religiosos, "ficar somente 'comovido' é a melhor forma de não fazer nada e achar que está ajudando".




Não vamos fazer caridade, vamos forma cidadãos.


Estas crianças podem crescer como
cidadãs e profissionais melhores que nós. Mas para que isto aconteça, como diz Janete Brandão, temos "um longo caminho a ser percorrido, com paciência, obstinação, resignação, entusiasmo, respeito, dignidade e acima de tudo amor, muito amor" (Janete Brandão).






Continue se informando...

Blog Caminhos do Autismo
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Criança autista é agredida em Clínica
Mãe é agredida por tentar controlar filho autista

Projeto CRIANÇAS ILUMINADAS


Faz!
Porque você só vai saber
se o final vai ser feliz
depois que tudo acontecer.
(
Gabriel O Pensador)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Intelectuais da Internet



 


Pensa! O pensamento tem poder. Mas não adianta só pensar, você também tem que dizer! Diz! Porque as palavras têm poder. Mas não adianta só falar, você também tem que fazer! Faz! Porque você só vai saber se o final vai ser feliz depois que tudo acontecer.  (Gabriel o Pensador)
 

 

Diferentemente de Marx (ainda que eu não compartilhe de suas propostas, ele merece este respeito), Rubem Alves, Darcy Ribeiro ou ainda algumas organizações religiosas que, motivadas por suas missões espirituais, criam seus centros socioeducativos, os novos críticos da sociedade estão infestando as redes sociais de reproduções críticas vazias, de uma intelectualidade medíocre que nada faz de útil e palável para esta nação, a qual, aliás, está pouco se lixando para quem fica soltando bosta pela boca achando que é melhor que o povão. Uma salva de palmas aos seletos inteligentíssimos leitores da Veja!


O que estes "intelectuais da internet" fazem de melhor é criticar o que o povão gosta. Estes "intelectuais" acham que fazendo isto serão vistos como uma casta superior de gosto refinado e "consciência política", mas estão na verdade fazendo a mesma coisa: reproduzindo argumentações vazias de quem fala mais do que faz. Nada fazem pelo país, a não ser expelir suas críticas venenosas (e com críticas ganham dinheiro e prestígio imerecido). Menosprezam o tal "brasileiro ignorante" porque ouve Michel Teló, assiste BBB, dissemina "Memes" ou ouve Restart (no caso de Restart...), pois acham que são superiores por passarem horas em seus complexos jogos online, vinhos baratos e entorpecentes de boca de fumo. 

De fato, muitas coisas reproduzidas pelo povo são de gostos deprimentes. Mas bem diz a minha mãe: gosto é igual cú, cada um tem um. A melhor forma de influenciar, como querem estes intelectuais (ou querem somente promoção pessoal?), seria criando bons projetos sociais, propostas de leis, entupindo as caixas de e-mail da Globo com críticas, darem palestras motivacionais (gratuitas) ou ainda apresentando suas "boas músicas e culturas" ao povo. Saiam às praças, favelas, vielas - vão pra puta que os pariu!  

Se querem reproduzir as críticas de Veríssimo, Carlos Nascimento (kkkk), Veja ou Jabor, que reproduzam, mas tenham a capacidade de complementar, alterar e contrariar - caso contrário estarão fazendo a mesma coisa: modinha. É possível criticar e reproduzir críticas, mas com um pouco de critério, pois, na tentativa de criticar as modinhas do povão, são facilmente manipulados pelas modinhas da burguesia que se acha intelectual, formatadas a terem gostos diferentes dos gostos das massas e que muitas vezes mais nada faz se não explorar o povo.
 
"Eu não sei quem inventou essa mania e nem sei o que seria esse "ãh". Eu só sei que eu acordei no outro dia e só ouvia todo mundo dizer ãh. Eu nem sabia que existia essa palavra ou esse nome ou o que quer que seja ãh. E de repente vi que toda a minha gente enfiou na sua mente o tal do ãh". (Gabriel o Pensador)

domingo, 1 de janeiro de 2012

Prometo...

Como eu disse na postagem anterior,  não creio nas "promessas de ano novo", creio na continuidade de projetos sólidos. Recomeçar é algo duro demais para se tornar obrigatório a todo primeiro dia do ano. Mas se for preciso, recomecemos. Aprendi a pensar no ano novo como apenas uma mudança cronológica, sem colocar sobre ele as muitas expectativas. Esperar que um ano seja melhor que outro só porque as datas vão se repetir e teremos uma agenda a cumprir é mais um fardo que eu não quero me obrigar. Viva a continuidade dos grandes sonhos. Que eles nasçam em qualquer dia, do primeiro ao último de qualquer espaço de tempo. 


Prometo,

[...] continuar otimista, pois já fui pessimista demais, gastei muito tempo crendo nas "quedas".

[...] continuar acreditando nas pessoas, cujas boas são maioria.

[...] continuar me preparando para um dia ser agente vibilizador de felicidade, educação, lazer etc.

[...] continuar crendo que os homens nascem e são livres, ainda que não sejam iguais.

[...] continuar crendo nas liberdades, vedando somente prejudicar o próximo.

[...] continuar acreditando que o fim da ignorância intelectual será a maior glória do Planeta.

[...] continuar livre.


 No espaço-tempo 2011, as maiores lições foram:

1. Amigos são pessoas coloridas em meio uma multidão sem cor.

2. Não continuar fazendo algo que te faz infeliz é uma opção. Você não precisa fazer algo para continuar sustentando o ego de alguém. Você sempre pode escolher parar, ainda que as pessoas pensem que você está jogando o investimento delas fora (é impossível anular qualquer conhecimento) e lhe tratem como traidor, ingrato, ladrão, pevertido e pevertor. Tudo isto passa e você não morrerá aos poucos. 

3. A liberdade é o bem mais precioso do homem. 



Somos livres para escolher prisões diferentes.