Outro dia me peguei brincando, novamente, sobre a infelicidade por não ter conhecido o poeta/compositor/cantor/humano Renato Russo. Dentre todos os pensamentos em suas letras, esse do título é o que mais me prende à atenção: Quem pensa por si mesmo é livre, disse Renato Russo.
Ele nem precisaria dizer isso, ele era a representação de alguém que era livre pra fazer o que bem entendia, porém ele concluiu que ser livre é coisa muito séria. Ele viu o preço da liberdade dele diante de seus olhos, até o último instante de vida - é que a liberdade é assim atraente. Mas o meu foco, hoje, não está em uma vida de liberdade, mas sim sobre o "pensar por si mesmo".
Em um país como o nosso, de olhos brilhantes ante a tecnologia e as informações rápidas, pensar por si mesmo já está sendo riscado da vida de muita gente, gente que pouco pensava, gente que pouco era gente. Em meus profiles pela internet há tantas pessoas que nem sabem mais o que é pensar, apenas reproduzem - e o improdutivo - não sabem mais sequer selecionar aquilo que reproduzem. Elas estão presas nelas mesmas, são presas de pensadores.
Não que eu seja um pensador - um cogitador talvez - como aqueles que marcaram a história, mas busco um pensamento livre, sem preconceitos ou condições. É quase impossível ser descondicionado, concluo. Mas sinto a leveza da vida a cada cogitação, sinto os pés fora do chão a cada discussão, sinto a liberdade que não há na reprodução. Não acredito que reproduzir é uma prisão, mas aqueles que só reproduzem algemam as próprias mãos.
Pensar dói e enlouquece, mas liberta e enriquece...
Pensemos!
