sábado, 23 de julho de 2011

Pátria Amada, Brasil!


"Gigante pela própria natureza..."

Têm gente que me vê como um sonhador, alguém que não tem os pés no chão. Alguns dizem que eu irei aprender com o tempo que o mundo não tem mais conserto. Outros dizem que eu devo estar cego ante as injustiças sociais. Os poucos que me olham com a mesma esperança estão certos de que tal esperança é uma utopia. Eu continuo otimista e não vacilo ao pensamento negativo. Até porque, se Rhonda Byrne (O Segredo) estiver correta, o pessimismo pode afundar toda uma nação, caso este tome maior proporção.


Mesmo com tanta injustiça ao meu redor a terra têm sido gentil a mim e aos tantos mais sofredores, filhos deste solo. Temos um mundo todo a descobrir em nossas imensas terras e muita terra a oferecer ao mundo todo. Como eu disse em outros posts, este não é o problema; não são as nossas condições naturais que levariam nossos irmãos ao autoexílio, mas sim a precariedade da nossa política e economia? Mas como assim "precariedade"?

Temos 122 anos de república advinda de uma colônia escravista, dominada por um regime de exploração econômica de proporções desastrosas. Aprendemos que o tradicionalismo sobrepunha-se sobre qualquer pensamento "inovador". Nossas religiosidades dominantes sempre impuseram uma moral ultrarracional. Estas religiosidades cultuavam a ignorância dos fiéis (o que torna muito mais fácil a dominação de qualquer povo - assista ao filme "O Livro de Eli"). Entramos numa pseudo independência que nos consumia até bem pouco tempo atrás com dívidas e mais dívidas. Infelizmente uma mentalidade arcaica como a dos dias de outrora é quase um câncer difícil de ser estripado. De fato são poucas décadas para uma profunda metanoia.

Em tão pouco tempo assim é natural que ainda tenhamos políticos de linhagem política tradicional dominando o cenário público e não representando a sociedade, mas sim seus estamentos. É natural que ainda tenhamos uma dominação política feita por interesses próprios, e não coletivos. É natural que, com uma mídia de que destaca a minoria corrupta em detrimento aos feitos dos honestos, vejamos uma política corrompida a cada dia; vejamos seus escândalos e desordens. Eu proponho uma lei: para cada notícia ruim, duas boas (na mesma área). O que não natural é termos "filhos deste solo" com uma visão política sadia e racional preferindo e sonhando no dia em que terão condições de abandonar a nação (com os frutos desta própria terra). Diferentemente da palestina, tonamo-nos assim, como diria Renato Russo, "um Estado que não é nação" (organizado, porém sem cultura e paixões próprias).

As injustiças sociais do nosso país, tais como suas instabilidades com moral e ética, deveriam somente despertar a estes tantos indignados (aos quais me incluo) a quererem mudar o rumo de tanta desordem. Mas estes (dos quais me excluo) não entendem que o "silêncio oficial" é muito maior que a "indignação anônima". Quero dizer com isto que uma pessoa que têm o tato para sentir o que há de errado, porém abandona o país ou se exclui da vida política, perde seu tempo expondo qualquer indignação. Esta pessoa está se desgastando, sofrendo e adquirindo doenças emocionais. Esta pessoa, à semelhança daquelas que vivem magoadas, são inoperantes e as únicas atingidas pela própria indignação. Aliás, vai aqui uma triste notícia: a política é feita por consentimento; a passividade ou "exclusão da vida política" é uma forma de consentimento (Hannah Arendt). 

Eu tenho um projeto e um sonho: ser um bom e útil Cientista Político (projeto) e Senador (sonho). Sei que uma lei passa por um longo processo de elaboração e que ninguém está na vida política sozinho, sendo um simples alfabetizado - todos são amparados e assessorados; como Cientista Político eu poderia ajudar em projetos de organização da minha Cidade, Estado e, quiçá, Nação. Como Senador eu poderia zelar pelos direitos do povo e ter autonomia na elaboração e aprovação de leis sensatas, de interesses coletivos, beneficiando principalmente os menos favorecidos, dando assim condições à una ascensão social da população. 

Agora até você que estava me apoiando deve já estar pensando na possibilidade de eu ser, realmente, um utópico e inoperante sonhador. Mas ainda estou crente de que este é o meu legado: o bem social. Contudo gosto de pensar e dizer que sou uma metamorfose ambulante, sempre renovando o pensamento, sofrendo sempre metanoias. Traço e sonho com estes planos. Quem sabe sejam eles possíveis e viáveis a este meu "Legado Destino Manifesto"? 

Encerrando por aqui concluo com uma certeza:

"o problema do Brasil não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons." (parafraseando Dr. Martin Luther King Jr.)




Dentre outras mil, és tu, Brasil, minha pátria amada!

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