domingo, 24 de junho de 2012

Dia inútil

Atenção! Este texto tende a ser tão confuso quanto minha mente neste dia.
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Desde ontem que eu estou com 1kg de músicas em minha cabeça: "de coração daí graças", "este ano quero paz no meu coração", "mais um ano se passou", "eu prefiro ser esta metamorfose ambulante", "há tempos são os jovens que adoecem", "oh, life is good", "quero alguém para estar ao meu lado", "quero acordar sozinho" etc. Nenhuma delas toca inteira, elas formam um mosaico desarmônico, porém poético. Meus aniversário me deixam assim. Assim como Ano Novo, Natal, Dias de Pais e todos os outros "dias de qualquer coisa". Não sou down, quem me conhece sabe que eu simplesmente não gosto destas datas, elas nunca fizeram sentido para mim (e arrisco a dizer "para qualquer um"). Se o povo não comemorasse, ninguém daria bola. Se o Facebook não nos lembrasse, quiça nossos familiares se lembrariam. Aniversário é uma bosta! 

Sou tão otimista quanto ao futuro. Acredito em dias melhores para o Brasil, para a humanidade e para o Universo. Acredito que viveremos, em no máximo 200 anos, uma unidade, longevidade e prosperidade una inimaginável em todo planete - e sem utopias religiosas, políticas ou johnlenásticas (Imagine), mas uma unidade necessária à preservação da própria vida humana; tudo isto alcançado com o conhecimento, educação e ciência (uma visão óbvia e profeticamente linda). Ah, e acredito que viverei até lá ou ainda serei ressuscitado para ver isso (pelos estudos desenvolvidos sobre os telômero ou sei lá que tipo de conhecimento). Contudo, às vezes "sobra tanta falta de paciência que me desespera", esperar é esperança, quem espera nada tem enquanto espera - e muito faz pra ter. Eu nada tenho e muito espero. Isso me deixa desesperado, sem esperança (vide epígrafe). Aniversário é foda! 

Eu me lembro dos sonhos que eu havia construído há 10 anos. Um adolescente que vivia sonhando em chegar aos 22 anos com casa, esposa, filho, carro, diploma, prestígio e beleza. Fui atrás do diploma (onde estava a pretensa esposa) e comecei a "carreira" que me daria o restante. Mas tudo aquilo era um castelo de areia firmado sobre uma rocha que desintegrou-se em dois anos. Uma rocha solúvel, invisível e inconsistente. E por vezes ainda penso se ela realmente existia em mim - pois só assim ela pode existir. Hoje eu não trouxe nem os "amigos" que me acompanharam, ou mesmo aqueles que me abraçavam e dizia: bom menino. Trouxe o "conhecimento" que não consigo apagar, as verdades que eu não conseguia ver nos olhos que me encaravam com falsa ternura e as palavras de agouro que eu não ouvia das mesmas bocas que me diziam coisas boas. Aniversário é uma bosta!

Eu não fico assim em momento algum do ano que não nestas "datas comemorativas". É só hoje, nestes meus  vinte e poucos anos (26). Este ano está pesando pelo recomeço, entende? Não por me achar um coitado de 989 anos. Nada disso. Estou cheio de vigor, mas é que... Ah, foda-se! Feliz aniversário pra mim!

:)










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